A NECESSIDADE DA REFORMA PROTESTANTE - CHET E PHYLLIS SWEARINGEN

 

A Necessidade da Reforma Protestante

CHET E PHYLLIS SWEARINGEN

 

Por que a reforma foi necessária

Escrevemos histórias sobre os principais reformadores protestantes (https://en.wikipedia.org/wiki/Protestant_Reformers), bem como sobre os reformadores pré-protestantes (https://en.wikipedia.org/wiki/Proto-Protestantism), para mostrar como os líderes da Igreja Católica se tornaram depravados e por que a reforma foi tão necessária.

            À medida que esta e outras postagens são lidas, tenha em mente que os protestantes não são inocentes. A nossa divisão, com dezenas de milhares de denominações, é terrível. Também tivemos a nossa quota de escândalos sexuais, bem como perseguições contra outras denominações e religiões. Nosso objetivo nessas postagens não é demonizar os católicos. Essas postagens estão sendo usadas para salientar que, se quisermos experimentar o avivamento hoje, há um preço alto que talvez precise ser pago.

 

Uma Igreja Corrompida ou Sem Manchas ou Rugas?

O Novo Testamento mostra que a corrupção, o pecado e a heresia foram problemas dentro da Igreja desde o início. Com o estabelecimento da Igreja Católica, essa corrupção aumentou profundamente. Isto levou os reformadores a falarem corajosamente contra essa corrupção, mesmo correndo o risco de perderem as suas vidas.

 

Lista de Práticas Corruptas

Usaremos este post para relacionar alguns dos pecados e práticas da Igreja Católica para mostrar quão depravada ela se tornou.

 

A Igreja Católica era mais política do que espiritual

O título papal completo, para cada papa: “Sua Santidade (Francisco), Bispo de Roma, Vigário de Jesus Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Primaz da Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano, Servo dos servos de Deus.”

            Com “Sua Santidade” e o “Vigário de Cristo” fazendo parte do título dos papas, mostraremos que estes homens eram tudo menos “santos”, e não eram dignos do título de “Vigário de Cristo”.

            Nossa lista é apenas uma amostra aleatória de papas ao longo dos tempos. Mais poderiam ter sido incluídos. Deve ser entendido que estes homens eram os chefes da Igreja Católica. Sendo esses indivíduos os modelos, imagine que tipo de vida seus subordinados viviam. Este foi o nível de corrupção e libertinagem que os reformadores enfrentaram.

            Papa Estêvão VI (896 a 897) —Nove meses após a morte de seu antecessor, o Papa Formoso, ele teve seu cadáver desenterrado e levado a julgamento (Sínodo do Cadáver). Ele considerou Formoso culpado de perjúrio e seu corpo foi jogado no rio Tibre.

Papa João XII (955 a 964) —Transformou sua residência em bordel. Ele cometeu adultério com inúmeras mulheres, sendo uma delas sua sobrinha.

Papa Bento IX (1032 e 1048) —Ele foi descrito como “um demônio do inferno disfarçado de padre”. Ele repetidamente roubou e assassinou, e até vendeu seu título ao padrinho por 1.500 libras de ouro. Escrevendo sobre este homem, o Papa Victor III disse:

“as suas violações, assassinatos e outros atos indescritíveis de violência e sodomia. A sua vida como papa foi tão vil, tão suja, tão execrável, que estremeço só de pensar nisso.”

            Papa Bonifácio VIII (1294 – 1303) —Ele disse que dormir com meninos não era mais problemático do que “esfregar uma mão na outra”.

Papa Sisto IV (1471 – 1484) —Ele teve um filho ilegítimo com sua irmã, bem como outros seis filhos ilegítimos. Ele criou um imposto eclesiástico sobre as prostitutas e cobrou dos padres por terem amantes. Ele nomeou seis de seus sobrinhos cardeais.

► Papa Inocêncio VIII (1484 – 1492) —Ele reconheceu ter oito filhos ilegítimos, embora possa ter tido mais.

Papa Alexandre VI (1492 a 1503) —Ele comprou seu caminho para o papado. Ele organizou uma orgia em 1501 chamada “Justa de Prostitutas”. Ele teve várias amantes e foi pai de pelo menos nove filhos ilegítimos.

Papa Júlio III (1550–1555) —Ele teve um longo caso homossexual com o Cardeal Innocenzo Ciocci del Monte, causando um escândalo público.

Papa Paulo IV (1555 – 1559) —Ele era mais conhecido por seus horríveis atos de antissemitismo.

            Com estes papas tendo tal poder, a sua corrupção era inimaginável, e os escritores daquela época intitulavam a forma de governo que lideravam como “Pornocracia” ou “Governo das Prostitutas”.

 

Infalibilidade do Papa e Infalibilidade da Igreja Católica

► A infalibilidade é uma das doutrinas fundamentais da Igreja Católica, o que significa que as declarações do papa, e tudo o que a Igreja faz, são “incapazes de errar ou falhar”.

► Esta doutrina fundamental foi continuamente minada pelo comportamento e ações dos próprios papas.

► Os padres fizeram votos de celibato. No entanto, a lascívia sexual era generalizada entre o clero (um problema comum ainda hoje).

► As freiras que fizeram votos de celibato estavam engravidando e depois procuravam o aborto para esconder o seu pecado.

 

            O Cardeal Pietro Ottoboni foi o último “Cardeal-Sobrinho”. Em 1692 esse cargo foi abolido.

 

Nepotismo

Papas, cardeais e padres eram frequentemente encontrados demonstrando favoritismo e posicionando membros da família em assentos de poder dentro da Igreja, bem como dentro dos governos (cardeal-sobrinho).

           

Venda de indulgências (certificados/licenças) para reduzir o tempo de sofrimento no purgatório

Um ensinamento católico é que quando uma pessoa morre ela deve ir para o purgatório, um lugar de tormento, para ter seus pecados “purgados”. A implicação deste ensino é que o sangue de Jesus é insuficiente ou carece de poder para purificar perfeitamente. Alegando que o sangue de Jesus é imperfeito, os indivíduos são obrigados a completar o trabalho de “purgar” os pecados remanescentes através do sofrimento pessoal no purgatório.

            Aproveitando esta superstição, os papas desenvolveram um esquema elaborado para aumentar as finanças. Eles emitiam indulgências em troca de dinheiro ou pela adesão a uma cruzada. As indulgências eram vendidas sempre que eram necessários recursos financeiros para financiar a construção de uma catedral ou para financiar uma guerra.

            As pessoas que compravam essas indulgências acreditavam que elas eram eficazes na redução do tempo necessário para passar no purgatório. A Igreja Católica até vendeu licenças para pessoas que já estavam mortas, na esperança de que os entes queridos falecidos também conseguissem uma libertação mais rápida do purgatório.

 

Veneração e adoração dos restos mortais de santos falecidos

A Igreja Católica sanciona oficialmente a veneração de relíquias. São objetos que, supostamente, são restos mortais de pessoas na história cristã que teriam vivido vidas santas. Esses objetos dos falecidos podem incluir:

► Crânios, membros, cabelos, roupas ou objetos que eles usavam

► Sujeira de seus túmulos

► Lascas da cruz de Jesus

► Cartas que eles escreveram

► Lágrimas de Jesus

► Um galho da sarça ardente de Moisés

► Palha da manjedoura em que Jesus se deitou

► Leite dos seios de Maria

► Prepúcio de Jesus (havia 12 deles circulando nas igrejas de toda a Europa durante a Idade Média)

Pagava-se dinheiro para venerar essas relíquias e assim escapar de anos no purgatório.

            Objetos como esses eram frequentemente guardados como amuleto ou talismã. Foi dito às pessoas que se pagassem para ver, ou melhor ainda, possuíssem essas relíquias, elas se tornariam mais sagradas através do poder inerente do objeto.

            As relíquias eram outra fonte de rendimento para a Igreja e o seu clero corrupto. Era comum o clero vender lascas falsas da cruz de Cristo, um dedo da mão ou do pé de um santo, um frasco de água da Terra Santa ou qualquer número de objetos que supostamente trariam sorte ou afastariam o infortúnio.

            Ainda se ganha dinheiro com esses objetos: Você pode encontrar relíquias à venda no ebay com este link (https://br.ebay.com/b/Catholic-Relic/13770/bn_57334169).

 

Peregrinações (Turismo Religioso)

As peregrinações eram outra fonte de renda para a Igreja Católica. A Igreja incentivou viagens a “locais sagrados” para ver as relíquias dos santos, porque havia lucro com isso. A ignorância e a superstição das pessoas foram atacadas, pois elas presumiam que haveria maior mérito espiritual para elas terem feito tal visita.

 

Simonia e Expectativas – Negócio Lucrativo

Simonia é uma palavra usada para designar a venda de cargos na Igreja Católica. Quanto mais prestigiada a posição, maior o custo, e a vaga foi para o licitante com lance mais alto.

            Além das vendas clandestinas para cargos dentro da Igreja Católica, havia também aquelas abertas, chamadas de “Expectativas”. Eram cartas que podiam ser adquiridas garantindo ao comprador que, quando uma determinada pessoa ocupando um cargo em uma igreja morresse, ela seria a próxima na fila para esse cargo. Com a idade média tendo uma expectativa de vida curta, era comum que cada posição na igreja tivesse entre quatro e dez expectativas vendidas – um grande gerador de receitas!

 

Tradução da Bíblia e Autoridade

► A Igreja Católica não considera a Bíblia a autoridade máxima. A Igreja permite que suas doutrinas e tradições (semelhantes às dos fariseus) tenham posição igual.

► Como os católicos proibiram a tradução da Bíblia para a língua do povo, e a única disponível era em latim, a maioria das pessoas não conseguia lê-la – mesmo a maioria dos padres. Como resultado, muitos sacerdotes eram biblicamente analfabetos e sem instrução em relação às Escrituras.

► Os papas mantiveram as pessoas na ignorância da palavra de Deus e aproveitaram-se do seu analfabetismo para mantê-las presas a medos supersticiosos. Eles usaram a ameaça de excomunhão e condenação eterna para aqueles que traduzissem a Bíblia para a linguagem do povo comum.

 

A Ceia do Senhor

A doutrina da transubstanciação da Igreja Católica, que ocorre em todas as missas, é uma prática mística que supostamente transforma a hóstia e o vinho no corpo e sangue literais de Jesus Cristo. Os reformadores se opuseram fortemente a isso e foi um ponto importante de debate.

 

Batismo Infantil

Os reformadores não viam nenhum mérito espiritual no batismo infantil porque o batismo é um sinal de arrependimento. Se uma criança não tivesse capacidade cognitiva para se arrepender, o batismo não teria significado.

 

A Justificação É Pela Fé

A Igreja Católica ensina que os sete sacramentos são “sinais eficazes da graça”. Os reformadores, porém, ensinaram que uma pessoa é justificada aos olhos de Deus pela fé, e não pela realização de qualquer ritual.

 

Apenas Um Mediador entre Deus e o Homem

► Os reformadores ensinaram que todo o povo de Deus eram sacerdotes (1 Pedro 2:9), e que a prática da confissão para a absolvição dos pecados era uma blasfêmia, porque somente Deus tem o poder de perdoar pecados.

            ► Os reformadores também ensinaram que as orações aos mortos, quer fossem Maria ou qualquer um daqueles que os católicos intitularam como “santos”, também eram blasfemas e que equivaliam à necromancia.

 

Breve Lista

Os tópicos acima são apenas alguns dos tópicos que fizeram com que os reformadores arriscassem a vida, a família e a propriedade na sua busca por uma Reforma da Igreja de Jesus Cristo. Que preço você está disposto a pagar para ver um avivamento pessoal, um avivamento na sua igreja e um avivamento na sua comunidade?

 

Fontes

ü  Oito dos Piores Papas da História da Igreja, por Drew Kann https://www.cnn.com/2018/04/10/europe/catholic-church-most-controversial-popes/index.html

ü  Cinco Séculos de Religião, por GG Coulton https://archive.org/details/in.ernet.dli.2015.209309

ü  Heresia e o Declínio da Igreja Medieval, por Gordon Leff https://www.jstor.org/stable/650135?seq=1

ü  Estudos Medievais: Perdição Infantil na Idade Média, por GG Coulton https://archive.org/details/infantperditioni00coul/page/n3/mode/2up

ü  O Declínio do Igreja Medieval por AC Flick https://www.amazon.com/Decline-Medieval-Church-V2/dp/1258614936

 

https://romans1015.com/corruption/

 

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